Chancela como área livre de febre aftosa sem vacinação foi a marca da defesa agropecuária do Paraná em 2021

03/01/2022
Uma soma de esforços entre iniciativa pública e privada fez com que 2021 se tornasse histórico para o setor agropecuário paranaense. No mês de maio, o Paraná recebeu da Organização Mundial da Saúde Animal o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. A entidade também concedeu ao Estado a certificação de zona livre de peste suína clássica independente. O Estado lutava há cerca de 50 anos por essa chancela, que tem potencial para transformar significativamente o patamar de produção da pecuária paranaense. Desde que o último foco da doença foi confirmado, em 2006, o governo e o setor produtivo se organizaram para melhorar a estrutura sanitária paranaense, o que incluiu a criação da Adapar, o reforço da fiscalização nas divisas e do controle dos rebanhos, além da contratação de profissionais por meio de concurso público. A imunização contra a aftosa no Estado foi interrompida em 2019 e a campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos, que foi modernizada e pode ser feita pela internet. Nos últimos anos também foi realizado um extenso inquérito epidemiológico, com coletas de amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca que esses foram passos importantes, que permitiram ao Paraná se tornar ainda mais competitivo no mercado internacional.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Maior produtor e exportador de proteína animal do País, com liderança em avicultura e piscicultura, o reconhecimento internacional vai ajudar a abrir mercados para a carne paranaense e outros produtos de origem animal, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto, como Japão, Coreia do Sul e México. Em 2020, o Estado produziu mais de 5 milhões e 700 mil toneladas de carne de porco, boi e frango, quase um quarto do que foi produzido no País. O Paraná é responsável por 33% da produção nacional de frango e 21,4% em piscicultura, liderando os setores. Também ocupa o segundo lugar em relação à carne suína, com 21% da produção brasileira e mantém a vice-liderança na produção de leite. A expectativa com a abertura de mercados é que o Estado atinja a liderança nacional na produção de suínos. Já a classificação de zona livre de peste suína clássica independente confirmou definitivamente o Paraná fora de um grupo atualmente formado por 11 estados, garantindo vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional. Um importante avanço para a Defesa Agropecuária foi a publicação de uma portaria que estabelece a obrigatoriedade da notificação de novas pragas no Paraná. Mais informações sobre as ações realizadas pela Adapar acesse o site www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)