Cão da Polícia Científica detecta vestígios de sangue que olho humano não encontra

20/05/2025
O cão perito da Polícia Científica do Paraná, Raman, foi determinante para uma investigação em Curitiba. Na última sexta-feira, o animal encontrou vestígio de sangue em um local de crime, que foi confirmado pelo Tablet Forense, e depois analisado pelo Laboratório de Genética Molecular Forense da Polícia Científica. O laudo será encaminhado à Polícia Civil do Paraná para ajudar na investigação criminal. A perita criminal e condutora, Isabella Melo, explica que o objetivo do animal é encontrar vestígios que não são visíveis ao olho humano. // SONORA ISABELLA MELO //

O treinamento de Raman começou imediatamente após a chegada dele à instituição, em 2022. O processo de adaptação começou com o treinamento de obediência, essencial para o controle do animal em nas missões. Na sequência, o cão da raça pastor-belga passou por um treinamento de um ano e meio, composto por três fases, para começar a detectar sangue: a primeira consistiu em apresentar o odor de sangue a Raman por um período de quatro meses. A segunda fase foi buscar sangue em caixas, onde ele deveria identificar qual delas continha o faro procurado. Depois, o treinamento passou para a terceira etapa, de busca de manchas de sangue em ambientes diversos, com as evidências sendo colocadas em lâminas e escondidas em diferentes locais. A perita e condutora do cão, Viviane Zibe, conta que ele convive de maneira harmoniosa com outros animais e pessoas, especialmente com seus condutores, que são responsáveis por orientá-lo durante as atividades. // SONORA VIVIANE ZIBE //

Raman é o primeiro e único membro canino da Polícia Científica do Paraná e o nome, inspirado na técnica de Espectroscopia Raman, reflete a função crucial no processo de detecção de substâncias em cenas de crimes. O pastor-belga foi doado à instituição. (Repórter: Gustavo Vaz)