Boletim da Secretaria de Estado da Saúde mostra mais cinco municípios com casos de dengue no Paraná

15/01/2019
Mais cinco municípios do Paraná registraram, nesta semana, casos autóctones de dengue, ou seja, as pessoas foram infectadas na própria cidade, o que confirma a circulação do vírus. Os casos foram identificados nas cidades de Ponta Grossa, São Miguel do Iguaçu, Porto Rico, Sertaneja e Iguatu. Esses municípios, com exceção de Ponta Grossa, estão localizados na região que atrai a atenção dos órgãos de vigilância sanitária, o Norte, Noroeste e Oeste do Paraná. No total, 44 cidades paranaenses apresentam os 142 casos confirmados da doença. Os dados estão no boletim epidemiológico sobre a situação da dengue, chikungunya e zika divulgado nesta terça-feira pela Secretaria da Saúde do Paraná. Segundo a médica veterinária Ivana Belmonte, da Vigilância Ambiental da Secretaria, o aumento de cerca de 10% em relação à semana passada já era esperado devido ao período de fim de ano.// SONORA IVANA BELMONTE./

Em Uraí não foram registrados novos casos, o que significa que as ações de combate ao vetor estão dando resultados. Elas foram intensificadas na última semana depois de um caso suspeito que acabou na morte de uma adolescente de 14 anos. Em Foz do Iguaçu foram registrados dois casos de dengue, um deles com sinal de alarme; o segundo, mais grave, é de um residente no Paraguai, portanto não consta das estatísticas. Na região de Curitiba, foi notificado apenas um caso, em Almirante Tamandaré, mas a doença foi contraída fora do Paraná. Ivana Belmonte lembrou que a população tem papel importante para minimizar a incidência da dengue no Paraná.// SONORA IVANA BELMONTE./

Os casos mais graves costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, crianças entre 29 dias a 6 meses de vida, imuno-suprimidos e pessoas com doenças crônicas. No entanto, a orientação é que todos busquem atendimento de saúde logo que apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento. Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados. O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto na própria residência como no local de veraneio. Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas pet, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, ocos de árvores, bromélias e bandejas externas de geladeira. (Repórter: Wyllian Soppa)