Banco de resíduos da UEL dará destinação correta para quase 9 mil toneladas de restos de tecidos

24/10/2022
O Grupo de Pesquisa Design, Sustentabilidade e Inovação, DeSIn, da Universidade Estadual de Londrina, inaugurou o Banco de Resíduos Têxteis, BRT, que tem como objetivo dar a destinação correta para quase nove mil toneladas de resíduos de tecidos que são descartados anualmente no aterro sanitário de Londrina. Liderado pelos professores Suzana Barreto Martins e Cláudio Pereira de Sampaio, o BRT é um sistema de logística reversa de resíduos têxteis pós-industriais e pós-consumo que atua nas três dimensões da sustentabilidade: ambiental, social e econômica. O BRT, explica Suzana, é uma iniciativa pioneira no Brasil e é fruto de uma pesquisa iniciada há 12 anos no projeto “Logística Reversa de Resíduos Têxteis Industriais e Pós-Consumo: design aplicado a sistemas e serviços sustentáveis e modelos de negócios”, coordenado por ela.// SONORA SUZANA BARRETO MARTINS.//

O funcionamento do BRT consiste no processamento e defibragem de resíduos têxteis industriais e pós-consumo por meio de maquinário específico, permitindo a reinserção desse material em novas cadeias de valor, como a confecção de novos produtos e a aplicação em outros segmentos, como construção civil, mercado pet, design de interiores e indústria moveleira. A máquina tem capacidade de desfibrar 20 toneladas de resíduos por mês. O BRT é uma proposta pioneira no país, que funcionará como um piloto em Londrina. O maquinário está instalado na cooperativa Cooper Região e os resíduos pós-consumo são descartados pela população nos pontos de coleta instalados na cidade, como o Shopping Catuaí, Shopping Aurora, UEL e loja GMTex, no Shopping Boulevard. É importante destacar que todo material deve ser descartado limpo, para que seja possível realizar o processamento. Empreendimento paralelo ao BRT, a CORE, Colaborar e Reinserir, empresa fundada por estudantes de Design, irá reaproveitar os resíduos e retraços produzidos pelo BRT, com objetivo de promover a economia circular e fazer o produto voltar ao consumidor. O material processado pela cooperativa será adquirido pela empresa e transformado em produtos com alto valor agregado, como almofadas, necessaires, capas de notebook e ecobags. (Repórter: Felippe Salles)