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O Arquivo Público do Paraná, vinculado à Secretaria da Administração e da Previdência, virou, nesta sexta-feira, um dos cenários para um documentário que contará a história da família Urban, que residiu no Paraná. A família tem grandes personagens da história nacional, como a jornalista Teresa Urban, o fotógrafo João Urban, além de Antonio Urban e Maria de Lourdes Urban Kleinke, irmãos de Teresa e João, e Maria Lúcia de Paula Urban, companheira de Antonio. O pano de fundo é o cenário da Ditadura Militar, instaurada há 59 anos. As cenas gravadas no Arquivo Público fazem um resgate documental do que foi registrado pelo então DOPS, a Delegacia de Ordem Política e Social, sobre os membros da família. O documentário, chamado provisoriamente de “Batista”, codinome usado por Teresa durante a ditadura, é um dos projetos contemplados por um edital da Secretaria de Estado da Cultura, na categoria de documentário com temática paranaense. A expectativa é lançar a obra no primeiro semestre do ano que vem. Com a extinção do DOPS, após o fim da Ditadura Militar, toda a documentação no Paraná foi transferida, para o Arquivo Público do Estado. No acervo, são três tipos de documentos: fichas individuais, dossiês e pastas temáticas. As fichas individuais eram os primeiros registros feitos sobre as pessoas consideradas subversivas. Caso fossem fichadas outras vezes ou novos materiais fossem coletados, eram criados os dossiês. As pastas temáticas tratam sobre grupos específicos como clubes, jornais, teatros, sindicatos, entre outros. O Arquivo Público possui 47 mil fichas individuais, 3.800 dossiês e 2.500 pastas temáticas e o acesso aos documentos é livre e aberto ao público conforme Decreto de julho de 2013, que permite a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso irrestrito aos documentos. Os acervos estão digitalizados e foram usados durante a Comissão Nacional e a Estadual da Verdade, instauradas em 2011 para investigar o período. (Repórter: Gustavo Vaz)