Aluna de 36 anos com Síndrome de Down dá lição de solidariedade em instituição parceira do Estado
21/03/2023
Alteração genética descrita pela literatura médica há mais de 150 anos e tratada como “síndrome” desde 1958, a Síndrome de Down é uma condição que afeta uma entre mil crianças nascidas em todo o mundo. Até então, de forma errada, a condição era descrita como doença. Por esse motivo, tendo em vista divulgar informações e chamar a atenção para a questão, foi instituído o Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março. Muito além do olhar sobre a limitação, a data serve também como oportunidade para revelar histórias de superação vivenciadas por pessoas com deficiência. A curitibana Cristiane da Luz Rangel tem 36 anos e nasceu com down. O diagnóstico foi confirmado pela neuropediatra logo no primeiro mês de vida. Para a mãe, a servidora pública Elany Rosa dos Santos, de 61 anos, a notícia foi recebida com apreensão. Como a maioria dos pais de crianças com deficiência, o primeiro impulso de Elany foi o de “blindar” a filha. Foi a partir da recomendação de profissionais da saúde que Elany mudou de ideia. Mal imaginava ela que, 36 anos mais tarde, Cristiane de fato alcançaria independência a ponto de se locomover sozinha pelo transporte público da cidade e, voluntariamente, trabalhar em prol de pessoas com deficiência, dando apoio aos pedagogos e professores da Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional, instituição parceira da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, que atualmente atende 214 alunos, dos quais 12 têm síndrome de down. Foi lá onde ela própria estudou durante grande parte da vida. A resistência de Cristiane ao convívio inicial logo foi substituída por verdadeira paixão pela escola. Muitos supõem que um adulto de 36 anos já não tem mais nada a aprender. Cristiane prova o contrário. A pedagoga da Instituição, Jucimara Ziolkoski, que a acompanhou durante boa parte da sua trajetória escolar, diz que Cristiane de fato atingiu nível estável em termos de alfabetização. Jucimara conta de onde veio sua vontade de atuar nessa área da educação, um amor que se refletiu na trajetória de Cristiane. // JUCIMARA ZIOLKOSKI //
No dia a dia na Fundação, Crstiane acorda cedo e pega ônibus sozinha e antes das 7 horas da manhã já está ajudando a arrumar as cadeiras para a recepção dos alunos, que acontece todos os dias. Atualmente, mais de 42 mil pessoas são atendidas nas 400 instituições da sociedade civil sem fins lucrativos mantenedoras de escolas de Educação Básica na modalidade de educação especial, de Centros de Atendimento Educacional Especializados e de escolas para surdos ou cegos. Essas entidades são parceiras da Secretaria da Educação, que repassa a elas verbas para despesas, investimentos e destinadas à folha de funcionários. Entre 1° de fevereiro e 31 de julho de 2023, um novo aditivo orçamentário entre o Governo do Estado e entidades parceiras entrou em vigor. O valor do repasse gira em torno de 200 milhões de reais para esse período de seis meses. (Repórter: Nathália Gonçalves)
No dia a dia na Fundação, Crstiane acorda cedo e pega ônibus sozinha e antes das 7 horas da manhã já está ajudando a arrumar as cadeiras para a recepção dos alunos, que acontece todos os dias. Atualmente, mais de 42 mil pessoas são atendidas nas 400 instituições da sociedade civil sem fins lucrativos mantenedoras de escolas de Educação Básica na modalidade de educação especial, de Centros de Atendimento Educacional Especializados e de escolas para surdos ou cegos. Essas entidades são parceiras da Secretaria da Educação, que repassa a elas verbas para despesas, investimentos e destinadas à folha de funcionários. Entre 1° de fevereiro e 31 de julho de 2023, um novo aditivo orçamentário entre o Governo do Estado e entidades parceiras entrou em vigor. O valor do repasse gira em torno de 200 milhões de reais para esse período de seis meses. (Repórter: Nathália Gonçalves)