Desde o anúncio da liberação da segunda dose de reforço (R2), ou quarta dose contra a Covid-19, para o público acima de 18 anos, o Paraná vacinou 105.890 pessoas. O número é quase sete vezes maior se comparado aos 20 dias anteriores à recomendação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para esta faixa etária, feita no dia 10 de novembro.
A média diária de pessoas vacinadas com a R2 passou de 812 para 5.295, um aumento de 552% na procura para a aplicação da dose.
Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, esse aumento é importante, mas o ritmo de vacinação precisa crescer ainda mais, principalmente com a proximidade das festas de fim de ano, época em que normalmente ocorre maior concentração de pessoas. “Neste período do ano há uma tendência maior de aglomeração pelas férias e confraternização entre as pessoas, por isso a vacina se torna um instrumento imprescindível para a segurança da população no combate à Covid-19”, alertou.
De acordo com informações da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), disponíveis no Vacinômetro Nacional, foram aplicadas no Paraná 1.529.528 segundas doses de reforço, mas 4.377.056 pessoas ainda não compareceram aos postos de vacinação para receber o imunizante.
LIBERAÇÃO – Antes do dia 10 de novembro, a R2 estava sendo aplicada apenas em pessoas com 40 anos ou mais e profissionais de saúde. A liberação para o público adulto em geral foi formalizada pela Secretaria da Saúde e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR), por meio da Deliberação nº 254/2022, da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB).
Atualmente, a Secretaria da Saúde conta com estoque de aproximadamente 443.882 doses (242.890 doses da Astrazeneca, 176.922 da Pfizer e 24.070 da CoronaVac), além dos imunizantes que estão na rede de frio dos municípios, que somam 357.628 doses. O total em estoque chega a 801.510 vacinas disponíveis.
“Reforçamos o pedido à população para que completem o esquema vacinal com todas as doses recomendadas. Não podemos deixar que a falsa sensação de proteção com as primeiras doses nos impeça de continuar com a imunização e, desta forma, aumentarmos a prevenção contra a doença”, reforçou Beto Preto.
NOTA TÉCNICA – De acordo com a Nota Técnica n° 176/2022, do Ministério da Saúde, a vacina não impede a circulação do vírus, mas quando a maioria da população está vacinada os casos mais graves e mortes de uma doença se concentram nas pessoas não imunizadas. As doses de reforço se mostram necessárias para manter o sistema imunológico ativo contra o vírus.
Para a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr, as vacinas, associadas ao uso de máscaras e à higienização das mãos, foram o motivo para a queda no número de óbitos. “O que nos protegeu e nos protege contra a doença é esse cuidado, juntamente com as doses aplicadas em cada braço, assegurando um número menor de óbitos no Estado”, afirmou.
Todas as pessoas que possuam doses em atraso ou que ainda não tenham se vacinado contra a doença devem procurar uma Unidade de Saúde próxima e agendar sua imunização. As vacinas estão disponíveis nos 399 municípios do Estado.