O volume de vendas do comércio paranaense cresceu 8,9% nos primeiros cinco meses de 2021. É um comparativo com o mesmo período do ano passado, severamente impactado pela pandemia do novo coronavírus. O estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi divulgado nesta quarta-feira (7) e leva em consideração todos os setores, o chamado comércio ampliado, inclusive construção civil e automóveis/peças de automóveis, que foram os grandes indutores do resultado positivo.
O volume de vendas cresceu 3,6% em maio, na comparação com abril, e 8,8% em relação ao mesmo mês de 2020. O índice acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2020 a maio de 2021 contra período exatamente anterior) foi de 5%. Os sucessivos aumentos apontam recuperação da economia e estímulo renovado nesse setor, nos mesmos moldes do crescimento da indústria.
No indicador sem construção civil e automóveis, que têm peso muito grande sobre o cálculo final, o crescimento foi de 2,8% em maio (ante abril), 2,5% na comparação com maio de 2020, e de 1,6% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano e nos últimos 12 meses.
Nas lojas de construção civil, o crescimento das vendas alcançou 23,1% na comparação com maio de 2020 e 24,3% nos primeiros cinco meses. Em relação ao setor de veículos, partes e peças, os aumentos foram de 20,6% em maio e 22,8% entre janeiro e maio de 2021.
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O governador Carlos Massa Ratinho Junior disse que os números refletem um momento de retomada econômica já indicado pelo crescimento de quase 16 mil carteiras assinadas em maio, tendo o comércio como grande propulsor. O Produto Interno Bruto (PIB) paranaense cresceu 1,07% no trimestre, terceira alta consecutiva.
“Esses números apontam novo momento, que esperamos que seja duradouro. A indústria está produzindo com intensidade e o comércio voltou a vender. O Estado implementou um auxílio emergencial para setores mais afetados e também tem linhas de crédito com juros reduzidos. A expectativa é de crescimento ainda mais significativo a partir do segundo semestre”, disse.
SETORES – Segundo o IBGE, o crescimento acumulado do ano e mensal foi impulsionado pelos setores de construção e veículos/peças. No primeiro caso, são cinco meses seguidos de avanços comparativos (10% em janeiro, 17,8% em fevereiro, 30,9% em março, 43,2% em abril e 23,1% em maio), o que significa que os cinco meses de 2021 foram melhores que 2020. Em veículos, foi a terceira alta seguida (43,2% em março, 106,6% em abril e 20,6 em maio).
Setorialmente, o crescimento nos cinco primeiros meses de 2021 teve como condutores materiais de construção (24,3%); veículos, motocicletas, partes e peças (22,8%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,6%); móveis (17,2%); artigos de uso pessoal e doméstico (14,4%); móveis e eletrodomésticos (11,3%); tecidos, vestuário e calçados (7,6%); e equipamentos para escritório, informática e comunicação (5,3%).
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Já o crescimento setorial mensal (diferença do volume de vendas entre maio de 2020 e maio de 2021) foi impulsionado por tecidos, vestuário e calçados (40%); artigos de uso pessoal e doméstico (30%); materiais de construção (23,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (28,8%); veículos, motocicletas, partes e peças (20,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (5,7%); e combustíveis e lubrificantes (5,2%).
NACIONAL – O volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 1,4%, em maio frente a abril, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio. O acumulado no ano foi a 6,8% e o acumulado em 12 meses, a 5,4%. Sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta.
No comércio varejista ampliado também foi o segundo mês seguido de alta, sendo que o volume de vendas cresceu 3,8% em relação a abril. Frente a maio de 2020, houve alta de 26,2%. No ano, o varejo ampliado acumula alta de 12,4% e, em 12 meses, as vendas subiram 6,8%. Nacionalmente, também tiveram desempenho positivo veículos, motos, partes e peças e materiais de construção.