Programas de Governo do Estado fortalecem segurança alimentar no Paraná

Hortas Urbanas e Periurbanas, Restaurantes Populares, Cozinhas e Panificadoras Comunitárias, Centrais de Abastecimento, Bancos de Alimentos, Feiras Livres, Leite das Crianças, Banco de Alimentos e Compra Direta são exemplos de políticas públicas voltadas à população que precisa de atenção para se alimentar com qualidade.
Publicação
14/10/2022 - 16:30

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A celebração do Dia Mundial da Alimentação, em 16 de outubro, estimula em mais de 150 países a organização de eventos sobre o tema, além de lembrar a importância de ações individuais e políticas públicas para combater a fome e o desperdício. A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) age em consonância com as metas da Organização das Nações Unidas (ONU) e ajuda a elevar a qualidade de vida da população em situação de vulnerabilidade social.

Por meio do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), apenas em 2021 foram formalizados com prefeituras 26 convênios de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional, entre eles Hortas Urbanas e Periurbanas, Restaurantes Populares, Cozinhas e Panificadoras Comunitárias, Centrais de Abastecimento, Bancos de Alimentos e Feiras Livres. Em 2022 foram contratados 45 novos equipamentos pelo Estado. Outra iniciativa é o programa Leite das Crianças, que atende cerca de 109 mil crianças com a distribuição de um litro de leite por dia.

Para 2022, o Departamento está desenvolvendo novas ações em prol do melhor aproveitamento de alimentos. “O objetivo é promover a união entre doadores e entidades filantrópicas”, explica a chefe do Desan, Márcia Stolarski. Ao longo dos próximos dias, a Secretaria também está envolvida com iniciativas da Semana Estadual de Conscientização sobre os Desperdícios de Alimentos, criada pela Lei 19.648/2018.

Criado na alta da pandemia do coronavírus, outro programa, o Compra Direta Paraná, está beneficiando 983 entidades filantrópicas nos 399 municípios paranaenses. Ele atende a rede socioassistencial com produtos de agricultores familiares, totalizando aproximadamente 300 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados, inclusive orgânicos, interferindo diretamente na imunidade e saúde dos beneficiados.

“Ao mesmo tempo, a iniciativa gera renda para 19,4 mil agricultores familiares, com investimento de R$ 40 milhões. Assim cumprimos nosso papel ao colaborar com as duas pontas: consumidores e agricultura familiar”, completa o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

BANCO DE ALIMENTOS – Além das ações do Desan, as Ceasas do Paraná promovem a segurança alimentar com o Banco de Alimentos – Comida Boa. O programa atua em parceria com produtores e permissionários atacadistas das cinco unidades do Estado, por meio da coleta e repasse de hortigranjeiros sem padrão de comercialização, porém ainda em boas condições consumo. Depois de selecionados, os hortigranjeiros são encaminhados a entidades cadastradas – creches, orfanatos, hospitais públicos, instituições assistenciais, entre outros.

O Banco de Alimentos atende aproximadamente 75 mil pessoas e 134 entidades em Curitiba, com reaproveitamento de 350 mil quilos de hortigranjeiros por mês, em média. Além disso, 269 famílias em estado de vulnerabilidade social são atendidas, sendo 41 da Região Metropolitana e demais famílias de outros 17 bairros de Curitiba. Em Londrina, o atendimento chega a 42 entidades cadastradas, com reaproveitamento de 40,3 mil quilos de hortigranjeiros mensalmente. São beneficiadas, em média, 25,6 mil pessoas.

Em Maringá, são 39 entidades, 18,9 mil pessoas e reaproveitamento de 40.941 quilos de hortigranjeiros por mês. Em Cascavel, 63 entidades, 57.174 quilos de hortigranjeiros e 23,8 mil pessoas por mês. No Banco de Alimentos de Foz do Iguaçu, são 43 entidades cadastradas, reaproveitamento mensal de 28.380 quilos de hortigranjeiros e 3.798 pessoas atendidas.

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO – O Dia Mundial da Alimentação, foi determinado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em 1945, para estimular reflexões sobre o tema. De acordo com a ONU, quase 3,1 bilhões de pessoas não podiam pagar por uma alimentação saudável em 2020, um aumento de 112 milhões em relação a 2019, efeito dos impactos econômicos da pandemia. Além disso, cerca de 828 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021 – 46 milhões a mais do que em 2020.

O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (Vigisan) mostrou que 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer, e apenas quatro entre 10 famílias têm acesso pleno a alimentos. Os números absolutos indicam que são 125,2 milhões em insegurança alimentar - leve, moderada ou grave - no Brasil.

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