298 cidades do Paraná não registram óbitos por Covid-19 há dois meses

21/01/2022
Apesar do crescimento no número de infecções pela Covid-19 no Paraná, em dois meses, 298 cidades não registraram óbitos pela doença, o que representa 75% do total, praticamente, três em cada quatro. Em alguns municípios como Pinhal de São Bento e Jardim Olinda, as últimas mortes em decorrência do vírus foram registradas no último mês de abril. São 39 cidades há mais de 200 dias sem óbitos e 113 municípios estão há mais de 150 dias nessa condição, quase 30% do Estado. Os dados são da Secretaria Estadual da Saúde. A queda nas mortes em todo o Paraná é resultado da vacinação em massa. Até o momento, o Estado tem mais de 70% da população completamente imunizada com segunda dose ou a dose única da vacina Janssen. O impacto pode ser exemplificado em um comparativo dos períodos. Entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, o número de mortes registradas foi de 5.211. Já no mesmo período, entre o ano passado e agora, foram 566. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destaca que muitos paranaenses perderiam a vida sem a vacina. // SONORA BETO PRETO //

Até o momento, foram, pelo menos, 19 milhões e 200 mil vacinas aplicadas na população geral, sendo que, mais de oito milhões e 434 mil pessoas já receberam a segunda dose ou a dose única. O reforço em idosos e imunossuprimidos já contabiliza um milhão e 177 mil aplicações. Em relação à dose adicional, para imunossuprimidos que receberam mais uma dose, além de todo o esquema normal, foram aplicadas 150 mil. Mesmo com a queda nas mortes, os casos tiveram um salto no início do ano. Somente nos primeiros dias de janeiro, foram 167.278 infectados, número maior do que o registrado durante o mesmo mês todo em 2021, de 119.048. Beto Preto falou que, com a transmissibilidade maior da variante ômicron, o controle desse número de infecções se torna extremamente difícil. // SONORA BETO PRETO //

A Fundação Oswaldo Cruz Paraná confirmou nesta quarta-feira à Secretaria de Estado da Saúde que o índice de predominância da variante Ômicron gira em torno de 85%. O Relatório de circulação de linhagens do coronavírus, do Instituto Carlos Chagas, já tinha confirmado a predominância da variante no sequenciamento genômico do último sábado. A análise considera testes coletados entre 3 e 9 de janeiro deste ano nas quatro macrorregiões do Estado em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná. O primeiro caso da variante Ômicron foi confirmado no Paraná no último dia 12: um paciente de 24 anos residente em Curitiba, que deu positivo em dezembro. (Repórter: Gustavo Vaz)