Ministério da Agricultura e Estado avaliam efeitos da estiagem e apoiam produtores do Paraná

13/01/2022
Relatório atualizado do Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, estima um prejuízo previsto de 25 bilhões e 600 milhões de reais na safra de grãos do Paraná em 2021/2022, em razão da estiagem que atinge o Estado de forma severa desde 2019. O novo levantamento foi entregue nesta quinta-feira à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, que visitou o Oeste paranaense para acompanhar a situação dos produtores afetados pela crise hídrica. Uma das propriedades afetadas tem mil hectares plantados de grãos e deve perder toda a primeira safra do milho e 70% da soja. Durante a semana, a ministra passou pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, e deve passar ainda pelo Mato Grosso do Sul, estados que segundo ela são os que mais sofrem com a estiagem.// SONORA TEREZA CRISTINA.//

Uma das primeiras medidas a serem tomadas seria agilizar a liberação das áreas para o plantio da safrinha, que poderia mitigar as perdas dessa primeira etapa. Outras iniciativas seriam a liberação de crédito para custear as novas lavouras e dar mais celeridade para o pagamento do seguro rural. O vice-governador Darci Piana acompanhou a visita e ressaltou que é necessário agilidade para não deixar os agricultores na mão.// SONORA DARCI PIANA.//

O Estado já decretou situação de emergência hídrica, o que permite que os agricultores negociem com os fornecedores, seguradoras e instituições financeiras. No final do ano passado, o Estado também entregou caminhões-pipa aos municípios para ajudar no fornecimento de água e irrigação das lavouras, além de contar com programas para a proteção de nascentes e microbacias. A região Oeste é a mais atingida pela quebra de safra no Paraná, com redução prevista de 71% na colheita de soja, de 65% na de milho e de 60% na primeira safra de feijão, podendo somar 8 bilhões e 100 milhões de reais de prejuízo. A queda, porém, abrange todas as regiões. A cultura de soja, que tem a maior área plantada do Estado, é a que deve amargar os maiores prejuízos. Este novo relatório do Deral é ainda mais pessimista que o divulgado na semana passada, que previa prejuízo de 24 bilhões na safra estadual. Se a tendência prosseguir, as perdas podem ser ainda maiores. Técnicos da Secretaria estadual e do Ministério da Agricultura percorrem o Estado para levantar o diagnóstico da produção. A previsão é que a falta de chuvas prejudique não apenas a produção de grãos, mas deve atingir também outras culturas, entre elas o tabaco, laranja, pastagem, cana-de-açúcar e hortaliças. A estiagem na região Sul do País e no Mato Grosso do Sul derrubou ainda a estimativa nacional da safra 2021/2022. Relatório divulgado na terça-feira pela Conab reduziu para pouco mais de 284 milhões de toneladas a colheita de grãos e fibras no País. No levantamento anterior, divulgado em dezembro, a expectativa era colher cerca de 291 milhões de toneladas. O presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, explicou que os técnicos estão em campo para fazer essa avaliação.// SONORA GUILHERME RIBEIRO.//

Saiba mais sobre a expectativa de colheita e os impactos da estiagem na safra paranaense em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)